Desculpas ao Professor

>> segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cabe-me pedir desculpa ao Professor M. Rebelo de Sousa. O título da Exposição que presentemente está no MNAA é “Os Primitivos. No século de Nuno Gonçalves.”
A desinformação é do Museu, o Professor não fez mais que a repetir.
Afinal não foi o Professor que meteu Nuno Gonçalves no tempo dos Primitivos, ou os Primitivos no tempo do Nuno Gonçalves. A coisa não é clara. Seja como for, deve ter feito José de Figueiredo dar uma volta no túmulo. Criar um grande pintor renascentista, e vê-lo agora metido nos Primitivos.
Esta exposição é, creio eu, a contribuição para uma grande homenagem e defesa a Nuno Gonçalves.
Não se percebe bem porque é que Nuno Gonçalves tem de ser periodicamente defendido. Que eu saiba, há em Portugal uma única pessoa que não acredita no N. G. autor dos painéis. É verdade que sou teimosa e persisto na minha convicção. E até o escrevo quando vem a propósito.
Mas quem acredita em mim? Ninguém. Mas incomodo o MNAA. Uma ou outra cabeça pensante daquela augusta instituição leu a argumentação com a qual José de Figueiredo estabeleceu o pintor de retábulos à moda italiana como autor do retrato de sessenta pessoas à moda flamenga. Algum dos nossos historiadores de Arte leu atentamente e aceita esse raciocínio de José de Figueiredo que faria reprovar um aluno do Secundário? Não importa. Há que defender Nuno Gonçalves.

Não era isto que eu queria escrever neste fim de ano. Mas tinha de pedir desculpa ao Professor.

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Os Primitivos

>> segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sou aluna atenta das aulas do professor Marcelo Rebelo de Sousa na TVI. Como todo o aluno gosto de apanhar o meu professor em falta. Numa das suas últimas aulas, o Professor anunciou que estava agora no MNAA uma Exposição de Primitivos Portugueses, e como supôs, e decerto com razão, que ninguém sabe o que são os Primitivos, elucidou,”no tempo de Nuno Gonçalves”.
Bem sei que Nuno Gonçalves é suposto ter pintado praticamente ao mesmo tempo um retábulo à maneira italiana e umas tábuas à maneira flamenga, e isso nos anos setenta do século XV. Se isso é no tempo dos Primitivos?
Dito por outra pessoa não tinha graça nenhuma, o que faz o caso engraçado é o professor nos querer elucidar e acabar por nos elucidar com um erro.


Creio que toda a gente tem na mente e na memória a lembrança de frases absurdas, afirmações com graça, palavras destorcidas, que uma vez ouviu, e que ficam ligadas à pessoa de quem as ouviu. É o nosso anedotário particular.
Recordo:
Luisa P.
Vai com a mãe a Paris, onde se instalam num modesto hotel. A mãe compra umas panelas que ainda não há cá. A dona do hotel repara e comenta: - Não há panelas em Portugal? Luisa, patriota, reponde: - Há. E muito boas.
Do José A:
No seu último exame a uma pergunta do profesor, José responde: palavrra que sei, mas não lembrro.
Do José M.
Escreve a uma rapariga, declarando o seu amor.
Julga ser correpondido: - enganarei-me.
Resposta pela volta do correio:
-enganarou-se.

O Professor enganarou-se.

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