tag:blogger.com,1999:blog-6376781507009521293.post3134098927935219603..comments2023-05-24T11:27:05.716+01:00Comments on libri.librorum: De livros esquecidos, mal lembrados ou ignoradoTheresa Castello Brancohttp://www.blogger.com/profile/03145545263901557386noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-6376781507009521293.post-20784294318726932492009-08-25T16:26:11.593+01:002009-08-25T16:26:11.593+01:00Que houve ingleses apreciadores de Camões não duvi...Que houve ingleses apreciadores de Camões não duvido, o que ignorava é que havia quem associasse os ‘Sonnets from the Portuguese’ a uma influência camoniana. Não tenho capacidade para me pronunciar sobre isso, mas sempre estive convencida que houve inspiração portuguesa, sim, mas através das cartas de Mariana Alacaforado. Estas foram traduzidas para inglês, numa tradução supervisionada por Dryden, e Elisabeth B. Browning decerto as leu. ‘Letters from a Portuguese Nun’. O que são os ‘Sonnets from the Portuguese’ se não uma declaração de amor como a da freira portuguesa?<br /> Espero um dia ler esse seu estudo impresso. TheresaTheresa Castello Brancohttps://www.blogger.com/profile/03145545263901557386noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6376781507009521293.post-67450158027067472102009-08-24T15:23:08.272+01:002009-08-24T15:23:08.272+01:00Olá, T., bom dia. Ando a esboçar uma leitura deter...Olá, T., bom dia. Ando a esboçar uma leitura determinada, de que faz parte isto: II Parte<br /><br /><br />Souto, Casa, 5 e 6 de Dezembro de 2008,<br />28 de Março de 2009<br /><br /><br /><br />Parece que também houve ingleses rendidos a Camões. <br />Byron conhecia-o, admirava-o e oferecia-o.<br />Wordsworth citou-o de dignidade a par de Dante, Petrarca e Tasso, quando, defendendo de críticos o soneto como forma poética, invocou Shakespeare, Spenser e Milton. <br />A poeta Elizabeth Barrett-Browning terá tido em Camões nada menos do que um modelo. Isso se aprende (é uma passagem curiosa) na referência que Agostinho de Campos faz a comunicações feitas circa 1918 por um sócio da Academia das Ciências de Lisboa, o “polígrafo general” Fernandes Costa. Este sócio institui que Elizabeth<br /><br />“num volume de versos, publicado em 1844, menos de dois anos antes do seu casamento, inseria uma admirável e lindíssima poesia, que intitulou: Catarina to Camões: dying in his absence abroad, and referring to the põem in which he recorded the sweetness of her eyes”.<br /><br /> A citação seguinte é mais longa porque Agostinho de Campos recolhe uma pérola da exegese do conferencista Fernandes Costa. Esta pérola:<br /><br />“Isto diz Fernandes Costa depois de haver mostrado que aos quarenta e quatro sonetos amorosos de Isabel Browning, intitulados Sonnets from the Portuguese, foi pela poetisa dado êste nome, porque êles se inspiravam no seu amor ao poeta Roberto Browning, com quem mais casou; e ela, por delicadeza compreensível a todos que bem conheçam qual era a sensibilidade dos dois, simulou que os havia trasladado de uma literatura estranha, a portuguesa.”<br /><br />Neste ponto, que encerra a página XVI da Introdução, Campos cede caneta e tinta ao polígrafo académico da Academia das Ciências de Lisboa:<br /><br />“É para nós, portanto, mais do que intuitivo (conclui Fernandes Costa); chega quási a ser uma opinião fundamentada, que o conhecimento que Elizabeth Browning possuía de Camões, como poeta lírico e como sonetista amoroso, não foi estranho à sua deliberação de encobrir, com um véu de delicada reserva feminina, as cruas e exaltadas declarações amantes dos seus sonetos, atribuindo supostamente estes a uma literatura, já pelos outros enriquecida.”Daniel Abrunheirohttps://www.blogger.com/profile/14613909820323233656noreply@blogger.com