Simpatia
>> segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Penso muita vez no que seja ‘simpatia’. A pessoa de idade é mais sensível à simpatia ou falta dela no próximo, e é na idade avançada que há a experiência que ajuda a procurar explicação para o que sejam, ou ao que, por ventura, obedeçam as qualidades, os defeitos, e outras características do comportamento humano. É um entretenimento de pessoa madura. La Rochefoucauld não era novo quando ideou as suas ´Maximes’. Pensei pois definir o que é simpatia. Recordei para o efeito homens e mulheres do meu longo passado, procurando entre eles aquele ou aquela, que tivesse achado particularmente simpático, no sentido, um pouco superficial, de ‘agradável no trato’. Não me faltaram exemplos de gente agradável, simpática: ‘nice people, nette Leute, des gens simpatiques’ dir-se-ia em inglês, alemão e francês’. Sucede que, sem premeditação, espontaneamente, pus de parte dois nomes. Os nomes de duas mulheres – falo delas no presente se bem que uma delas já não viva – das quais sentia que havia nelas uma simpatia especial. Qualquer coisa que era mais que trato agradável. A franqueza, a simplicidade, o agrado na presença da pessoa amiga, alegria, que nelas se acha, são tudo atributos que se em maior ou menor grau se encontram na pessoa simpática. Em Margarida e Teresa há tudo isso, mas há mais. A simpatia é uma característica, como podia ser a beleza, a bondade, a fealdade. Pensa-se em simpatia quando se pensa nelas. Os dicionários não são muito claros quanto ao significado da palavra. Optei pela definição que leio em Wikipedia: ”Simpatia é uma forma de magia ou feitiçaria mágica, extremamente ligada ao povo, normalmente de origem campesina e geração empírica”. Ora Teresa e Margarida, hoje de diferente condição social, são - se olharmos para trás - uma e outra, de origem campesina.
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