Cartas do Século XIX

>> segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vou enviar a quatro editoras o CD com o texto do 1º volume de um livro de correspondência feminina do século XIX. O livro intitula-se: UMA ÉPOCA, UMA SOCIEDADE, UMA FAMÍLIA O século XIX na correspondência de D. Maria Teresa Sousa Botelho Condessa da Ponte, e suas filhas 1834-1910 1º Volume Pensei inicialmente em publicação de autor, mas a releitura que fiz agora das cartas, convenceu-me que era errado não contactar as editoras. O interesse humano e histórico das cartas é tal, que a minha modéstia neste caso, não se justificava, e que não consultar editora seria um erro. Quatro mulheres, inteligentes, cultas e espirituosas, contam à filha ou à irmã ausente, em enormes cartas o que se passa no seu dia-a-dia, o que aconteceu, ou está por acontecer na sua imensa parentela, o que esta, ou aquela, disse e fez. Falam de festas que começavam ao almoço e terminavam de madrugada, de noivados e casamentos, de doenças e dos que as tratavam. Lemos de curiosos tratamentos aconselhados por médicos, que hoje dão nomes a ruas e estabelecimentos hospitalares. Não faltam apreciações de actos e personagens da vida pública, de deputados, jornalistas, de ministros e diplomatas, de reis e rainhas e daqueles que os rodeavam. A sociedade que este livro dá a conhecer desapareceu da cena com a implantação da República em 1910. Mas esse mundo existiu, e merece ser conhecido nas suas grandes virtudes e nas suas enormes fraquezas. O facto de se tratar de correspondência, não deve assustar o leitor. Pode esquecer que está a ler cartas. Está a ouvir conversas. A ouvir contar histórias por vezes alegres, por vezes tristes, por vezes divertidas, por vezes absurdas. De gente que viveu há cem ou cento e cinquenta anos. Observação à margem: O livro tem comentários e notas indispensáveis à sua compreensão, mas ainda me faltam algumas. Haverá algum leitor deste blogue que me possa dizer quem era a figura tratada em uma das cartas por “D. Magnífico”? O contexto não permite reconhecer de quem se trata, se o sentido é irónico, e o sobrenome dado pela autora, ou se era corrente. É citado em carta de 1875: Fulano ia “ao sarau político de D. Magnífico,..”

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